A dor de enterrar um amor

Dói. É uma dor física, é uma dor na alma. É uma dor que dura, é uma dor feita para durar. Dói enterrar um amor, dói como poucas coisas são capazes de doer na vida.

Um amor que morre é um amor que morre é um potencial de vida que deixa de existir. São projetos, são expectativas, são sonhos que nunca vão se realizar.

O amor tem essa estranha capacidade de nos fazer acreditar, que nos querer fazer lutar. Mas quando está destinado a acabar, a morrer, o melhor é aceitar.

No amor como na vida, não há como lutar contra a morte. Quando ela anuncia a sua chegada, é preciso respeitar. Não há mais nada a fazer, a não ser preparar o coração e alma para um período de luto e sofrimento, para os dias escuros, para a tristeza.

Mas não podemos nos entregar a dor. Um amor que morre é uma vida que renasce. Sonhos vão, mas outros vem. É preciso saber aceitar, é preciso sabedoria e força para seguir em frente, ainda que o corpo pareça pesado, e o coração pareça não mais querer bater.

Dói enterrar um amor.

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Quando o amor aparece em nossa vida, tudo se transforma. Os dias se tornam mais leves, mais coloridos, mais animados. As expectativas nos dão ânimo e força. Sonhamos com o momento de encontrar o nosso amor e estar ao seu lado por alguns instantes.

O amor faz bater mais forte o peito, faz o corpo todo se sentir mais vivo e mais feliz. Mas quando o amor acaba, quando não há mais nenhuma saída para o amor além da separação. Essa agitação do coração torna-se uma dor imensa. Em vez de bater, o coração parece parar. O corpo quer se mexer, mas o coração não deixa. O coração é que parece comandar o corpo, em vez do cérebro.

Quando um grande amor se vai, tudo na vida perde o sentido. Tudo fica sépia e sem sabor. A dor incomoda, faz o sono nos abandonar, faz a respiração pesar. É um período de luto, um amor morreu, um projeto de vida em comum acabou, um desejo de felicidade ficou parado no ar. Mas a dor passa, a ferida vai sarar, ainda que as cicatrizes fiquem para sempre. O importante é pensar nas cicatrizes como histórias para contar e não marcas de dor.

Se a fraqueza persiste, é porque perdi o seu abraço que me fortalecia. Se o amargo da vida me vence, é porque perdi o gosto do seu beijo doce.

Se minha mão treme, é porque perdi a sua que me mantinha estável. Se meus olhos não são mais os mesmos, é porque não têm mais motivos para brilhar.

Se meus lábios estão ressecados, é porque não se encontram mais com os seus. Se meus cabelos não mais brilham, é porque você não pode mais acariciá-los.

Se meu modo de vestir já não é o mesmo, é porque não tenho mais os seus agradáveis elogios. Se não tenho mais vontade de viver, é porque não posso mais ter você.

Ninguém está preparado para a perda. Ela causa acidez no peito e angústia no coração. Ela machuca partes do corpo que a gente nem conhecia! A perda é a maior dor do ser humano. Acontece que no amor a situação é a mesma. Ninguém está a salvo.

Todo o mundo passa o tempo à deriva, porque num momento tudo está perfeito, noutro momento tudo pode terminar. E essa dor, a da perda de um amor, ela muda a pessoa, ela transforma a vida de qualquer um. Na verdade, em tudo na vida, o tempo ajuda e novos horizontes acabam surgindo em nosso pensamento.

O amor é um local muito estranho. É por amor que você quebra seu coração. E isso dói demais, machuca nosso peito, esconde o melhor que a gente tem para oferecer ao mundo o amor.

Ninguém está imune à desilusão, ao amor perdido, ao desamor e essa é a angústia do amante mais confiante. Quando o coração fica ferido, só o tempo o acalma. Nada mais.

Sempre que a porta fecha
eu abro para você, e se a
flor se esconder na pétala
de uma outra, eu abro para
você ver.

Sempre que a noite cair
eu ilumino seus sonhos, e se
o chão desaparecer sob
seus olhos, eu lanço um
tapete para você.

Porque sou amor com você e
sem você não sou mais que dor.

Porque resisto a qualquer dor e
qualquer dor é menos que amor.