O Lobo e a Garça

Um Lobo, ao se entalar com um pedaço de osso, combinou com uma Garça, para que esta colocasse a cabeça dentro da sua goela, e de lá pudesse retirá-lo. Em troca teria de lhe dar uma grande quantidade em dinheiro,

Quando a Garça retirou o osso e exigiu o seu pagamento, o Lobo, rosnando ferozmente, exclamou:

Ora, Ora! Você já foi devidamente recompensada. Quando permiti que sua cabeça saisse a salvo de dentro da minha boca, você já foi muito bem paga.

Moral da História: Ao servir a alguém de má índole, não espere recompensas, e ainda agradeça caso o mesmo vire as costas e vá embora sem lhe fazer mal algum.

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Um lobo, muito ferido devido às várias mordidas de cachorros, repousava doente e bastante debilitado em sua toca.

Como estava com fome, ele chamou uma ovelha que ia passando ali perto, e pediu-lhe para trazer um pouco da água de um regato que corria ao lado dela.

Assim, falou o lobo, se você me trouxer água, eu ficarei em condições de conseguir meu próprio alimento.

Claro, respondeu a ovelha, se eu levar água para você, sem dúvida eu serei esse alimento.

Moral da História: Um hipócrita não consegue disfarçar suas verdadeiras intenções, apesar das palavras gentis.

Um Lobo vindo de um campo de aveia encontrou no caminho um Cavalo, e assim falou para ele:

Gostaria de dar uma sugestão ao senhor para ir até aquele campo. Ele está cheio de grãos de aveia selecionados, que eu guardei com cuidado apenas para lhe servir, pois sendo meu amigo, terei o maior prazer ao vê-lo mastigando.

Ao que o cavalo lhe responde:

Se aveia tem sido alimento para os Lobos, você jamais poderia alimentar sua barriga, apenas satisfazendo os seus ouvidos.

Moral da História: Homens de má reputação, quando se prestam a fazer uma boa ação, não conseguem ter crédito.

Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão, que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim, fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém.

No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um bote, lhe tomou a ovelha.

O Lobo, contrariado, mas, sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!.

O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas, como o Lobo estava longe demais, e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: Como pertence a você? Você por acaso a comprou, ou por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?.

Moral da História:

Aquilo que se consegue pelo mau, pelo mau se perde.

Certo dia, ao contar suas Ovelhas, um Pastor chegou à conclusão que algumas estavam faltando. Muito bravo, aos gritos, cheio de presunção e arrogância, disse que gostaria de pegar o responsável por aquilo e puni-lo, com suas próprias mãos, da forma merecida.

Suspeitava de um Lobo que vira afastar-se em direção a uma região rochosa entre as colinas, onde existiam cavernas infestadas deles.

Mas, antes de ir até lá, fez uma promessa aos deuses, dizendo que lhes daria em sacrifício, a mais gorda e bela das suas Ovelhas, se estes lhes ajudassem a encontrar o ladrão.

Após procurar em vão, sem encontrar, nenhum Lobo, quando passava diante de uma grande caverna ao pé da montanha, um enorme Leão, saindo de dentro, põe-se à sua frente, carregando na boca uma de suas Ovelhas. Cheio de pavor o Pastor cai de joelhos e suplica aos deuses:

Piedade, bondosos deuses, os homens não sabem o que falam! Para encontrar o ladrão ofereci em sacrifício a mais gorda das minhas ovelhas. Agora, prometo-lhe o maior e mais belo Touro, desde que faça com que o ladrão vá embora para longe de mim!

Conclusão: Quando encontramos aquilo que procuramos, logo tende a cessar nosso interesse inicial.

Moral da História:
Se os benefícios de uma coisa não nos são garantidos, devemos pensar duas vezes antes de desejá-la.

Carrego em mim todo o amor do mundo. Carrego os sentimentos mais primitivos. Olho para a lua e me sinto como um lobo selvagem que luta pela sua vida, mas a minha luta não é travada com sangue. Não quero destroçar o pescoço de presa alguma. A minha fome é de amor, a minha sede é de paixão.

Olho para a lua cor de mel, a lua cheia dos amantes, e sinto o doce sabor de um beijo roubado. Sinto um vazio em meu peito, um desejo louco de estar apaixonado. Não há melhor sentimento no mundo do que a paixão. A paixão mexe com as emoções, e faz estremecer o corpo. É um sentimento ansioso, como a gula, como uma aventura, uma verdadeira obsessão.

Sempre que olho para a lua cheia, sinto vontade louca de me apaixonar. Deve ser porque essa lua que está no céu, tem muitas histórias de amor para contar.