Tchènrezi, o Buda da Compaixão

Amitabha, o Buda primordial, que tinha como único desejo ajudar todos os seres vivos, um dia considerou que era necessário a manifestação de uma divindade com a aparência de um jovem. Amitabha emitiu um raio de luz branca que tomou a forma de Tchènrezi.
Tchènrezi cresceu e prometeu ajudar Amitabha a beneficiar todos os seres vivos e fez uma promessa a ele próprio “enquanto houver um único ser que não tenha atingido o despertar, trabalharei para o bem de todos. E se não cumprir esta promessa, que a minha cabeça e o meu corpo se quebrem em mil pedaços!"
Durante milhões de anos, Tchènrezi trabalhou sem parar. Um dia pensou que já tinha liberto numerosos seres, mas infelizmente ainda havia inúmeros seres presos no samsara. Muito triste por isso, desanimou "Não tenho a capacidade de socorrer os seres; vale mais que descanse no Nirvana". Com este pensamento contrariou sua promessa. O seu corpo se quebrou em mil pedaços e Tchènrezi conheceu um intenso sofrimento.
Mas pelo poder de sua graça, Amitabha voltou a recompor o corpo de Tchènrezi. Lhe deu onze rostos, mil braços e mil olhos. Tchènrezi poderia a partir de então, ajudar os seres sob esta forma. Amitabha pediu a Tchènrezi que retomasse a sua promessa e este assim fez ainda com ainda mais vigor e força do que antes.

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O Buda estava um dia no jardim de Anathapindika, na cidade de Jetavana, quando lhe apareceu um Deva (espírito da natureza) em figura de brâmane e vestido de hábitos brancos como a neve, e entre ambos se estabeleceu o seguinte duelo:

O Deva: - Qual é a espada mais cortante?
Ao que Buda respondeu:
- A palavra raivosa é a espada mais cortante.

- Qual é o maior veneno?
- A inveja é o mais mortal veneno.

- Qual é o fogo mais ardente?
- A luxúria.

- Qual é a noite mais escura?
- A ignorância.

- Quem obtém a maior recompensa?
- Quem dá sem desejo de receber é quem mais ganha.

- Quem sofre a maior perda?
- Quem recebe de outro sem devolver nada é o que mais perde.

- Qual é a armadura mais impenetrável?
- A paciência.

- Qual é a melhor arma?
- A sabedoria.

- Qual é o ladrão mais perigoso?
- Um mau pensamento é o ladrão mais perigoso.

- Qual o tesouro mais precioso?
- A virtude.

- Quem recusa o melhor que lhe é oferecido neste mundo?
- Recusa o melhor que se lhe oferece quem aspira à imortalidade.

- O que atrai?
- O bem atrai.

- O que repugna?
- O mal repugna.

- Qual é a dor mais terrível?
- A má conduta.

- Qual é a maior felicidade?
- A libertação.

- O que ocasiona a ruína no mundo?
- A ignorância.

- O que destrói a amizade?
- A inveja e o egoísmo.

- Qual é a febre mais aguda?
- O ódio.

- Qual é o melhor médico?
- O Buda.

O Deva então faz sua última pergunta: - O que é que o fogo não queima, nem a ferrugem consome, nem o vento abate e é capaz de reconstruir o mundo inteiro?

Buda respondeu:
- O benefício das boas ações.

Satisfeito com as respostas, o Deva, com as mãos juntas, se inclinou respeitosamente ante Buda e desapareceu.

(Martin Claret)
(As Mais Belas Histórias Budistas)

Buda reuniu seus discípulos, e mostrou uma flor de lótus - símbolo da pureza, porque cresce imaculada em águas pantanosas.
- Quero que me digam algo sobre isto que tenho nas mãos - disse Buda.
O primeiro fez um verdadeiro tratado sobre a importância das flores.
O segundo compôs uma linda poesia sobre suas pétalas.
O terceiro inventou uma parábola usando a flor como exemplo.
Chegou a vez de Mahakashyao. Este aproximou-se de Buda, cheirou a flor, e acariciou seu rosto com uma das pétalas.
- É uma flor de lótus - disse Mahakashyao. Simples e bela.
- Você foi o único que viu o que eu tinha nas mãos - disse Buda.

No futuro, se quisermos uma humanidade mais feliz, um mundo mais feliz, deveremos cortar o problema pela raiz. É claro que os poderes econômicos e políticos também são causas. Mas as causas principais estão na mente humana. Cada ação do homem, verbal ou física, até mesmo as pequenas ações, tem alguma motivação. No final das contas, tudo depende de um motivo. A motivação apropriada ou seu desenvolvimento apropriado é um fator importante.

Desta forma, se a inteligência vier acompanhado de afeto e compaixão o que chamo de sentimento humano será muito útil. O sistema educacional moderno dá muita atenção ao conhecimento e ao cérebro, mas não presta atenção no desenvolvimento espiritual. Isso é deixado para as organizações religiosas e para as outras pessoas. Não considero isso suficiente. Embora todas as religiões do mundo tenham potencial para dar uma grande contribuição ao desenvolvimento da bondade, nem isso é suficiente. Além disso, muitas pessoas consideram a religião algo ultrapassado ou fora de moda, e os próprios religiosos às vezes são um pouco ortodoxos demais. Eles ficam isolados do mundo real e dos problemas do dia-a-dia. Às vezes, muitas tradições religiosas, incluindo as tibetanas, dão muita ênfase ao ritual ou à cerimônia, sem entender bem seu significado. Por isso, a contribuição e a influência religiosa também são limitadas. Não basta deixar as comunidades religiosas lidarem com as questões morais. Os problemas em geral são grandes demais, e o grupo de pessoas que deve lidar com eles, pequeno ou fraco demais.

(Dalai Lama)

O Sutra de Lótus ensina que todos possuem igualmente o potencial para atingir o estado de Buda, e que têm também a capacidade para desfrutar o estado de absoluta felicidade. É digno de nota que a intenção de Sakyamuni de tornar o estado de Buda acessível a todas as pessoas revela-se pela linguagem que ele escolheu para pregar os seus ensinos: a língua de Magadha, o linguajar diário das pessoas comuns.

Os Brâmanes ortodoxos daquela época insistiam em que os ensinos sagrados somente poderiam ser transmitido na linguagem dos vedas, uma língua usada somente pela classe mais alta e culta.

Certa ocasião, dois seguidores de Sakyamuni disseram a ele Por pregar os honoráveis e excelentes ensinos no vernáculo do povo, o senhor ofendeu a dignidade do budismo. A partir de agora, por favor pregue na nobre e sublime linguagem dos vedas. Esses seguidores eram irmãos e membros cultos da casta dos brâmanes que haviam ficado tão comovidos com a pregação de Sakyamuni que se juntaram a ordem.

Nunca, respondeu o Buda, colocando um fim na discussão de uma vez por todas. E dizem até mesmo que ele estabeleceu punições àqueles que ousavam pregar o budismo na língua dos vedas.

Este episódio demonstra claramente o intenso desejo de Sakyamuni de tornar o budismo acessível a todos, independente da classe social.

Nitiren Daishonin também escreveu muitas de suas cartas a seus seguidores leigos com a escrita cursiva japonesa, conhecida como hiragana, para que eles pudessem lê-las com facilidade. (Em outras palavras, ele utilizava a linguagem comuns das pessoas comuns, em vez da erudita escrita clássica chinesa usada em escritos formais daquela época).

(As Mais Belas Histórias Budistas)

Nesta altura do ano todos deveríamos refletir e nos questionar sobre o verdadeiro significado do Natal.

Muitos associam esta época apenas às árvores e seus enfeites, aos presentes que ganham e oferecem. Às luzes que por todo lado se espalham, e facilmente se esquecem o que é afinal o Natal.

Este é o momento de celebrar o nascimento de Jesus, aquele que veio ao mundo e morreu por nós, e por isso é a altura certa para refletir e agradecer.

Se Deus nos deu Seu filho, e Cristo se entregou à cruz por nós, o mínimo que cada um pode fazer é agradecer, por isso e por todas as demais dádivas, e abrir o coração ao amor, ao perdão, à paz.

Neste Natal não ceda ao consumismo, ao materialismo fútil, mas antes pratique boas ações, compartilhe com os que nada têm, distribua amor e compaixão. Esses serão os melhores presentes.

Faça com que esse espírito se prolongue o ano todo, para que seja sempre Natal. Boas Festas!