Flores do Meu Jardim

Sorrir para quê se sem você não
sou mais eu? Sorrir para mim é
ter seu corpo em flor no meu em
jardim ou em terra ou em mar.

Sorrir para quê se sem você...
Sorrir para quê se sem você...

Sorrir para quê se sem você serei
ninguém? Sorrir para mim é ser
quem sou em você e você em mim
e juntos sermos flor de jardim.

Sorrir para quê se sem você...
Sorrir para quê se sem você...

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Conte seu jardim só por suas flores e nunca pelas folhas caídas no chão. E a vida pelas horas mais felizes e não pela escuridão.

Conte suas noites pelas estrelas, nunca pelas sombras que vão deixar. E a vida pelos encantos dos sorrisos, não pelo seu chorar. Viva a vida com alegria, contando-a não pelos seus dias mas pelo bem que conseguiu realizar!

Das mais variadas cores e formas, a mãe natureza nos doa diariamente seu amor. Em cada flor, o seu beijo matinal. Olhamos e não avaliamos o quanto uma roseira quer nos ofertar. Olhamos e achamos bela.

Mas belo é tão pouco, em relação ao muito que as plantas podem nos passar. Infelizmente, estamos acostumados a ver o lado prático das coisas, vemos a utilidade de uma roseira dar rosas, ou do lírio dar lírios. Assim, com a mesma naturalidade com que visualizamos a objetividade das ações dos outros conosco.

Quando paramos e nos detemos mais em uma flor, já a mentalizamos em nosso jardim. Por que não mentalizá-la no nosso jardim interior e, ao menor desejo, sacá-la do inconsciente e vivenciá-la como se a estivéssemos vendo pela primeira vez?

Flor, beleza.
Flor, poesia.
Flor, alegria.

Pense em sua vida como uma flor. Procure observá-la e admirá-la sempre, para que você possa buscá-la e encontrá-la sempre. Sempre que as direções se cruzarem, sempre que o rastro dos caminhos se apagarem para si. Não há sofrimento maior que sentir a solidão de não ter sensibilidade suficiente dentro de nós, para contemplar uma flor.

Flor.
Deixe uma brotar dentro de você.
Paz.

Passo os dias olhando para um jardim que não é meu. Olho para a grama, sempre verde, mesmo quando as folhas vermelhas do outono começam a cair. Não importa as cores do jardim, a grama está verde. Na primavera, as flores enchem os olhos de quem passa de alegria, no verão a luz do sol deixa tudo mais claro e resplandecente e, mesmo no inverno, os dias gris não tomam conta de grama. Sempre que me sinto triste, vou até a janela e olho para aquele jardim. Indago-me se naquela casa não há tristeza. Será que não há um único dia em que não se esqueçam de regar a grama?

No jardim que não é meu, e onde a grama é sempre verde, há muitas borboletas. Elas estão sempre por lá. São de todas as cores, e às vezes fundem as suas asas com pétalas azuis das flores. Naquele jardim há também frutos, muitos frutos, verdes e maduros. Às vezes irrito-me porque alguns frutos caem das árvores, apodrecem e nunca são recolhidos. Mas depois, lembro-me dos pássaros bicando-os e vejo as cascas dos frutos desaparecem no solo.

Aquele jardim, tão vivo, não é meu. Naquele jardim há cor, há vida, há idas e vindas. E a grama é sempre verde. O meu jardim é um pequeno e inabitado jardim de inverno. Mas não cultivando a grama verde, nem as flores, nem as borboletas, à distância, assumo ser belo o canto dos pássaros.

Hoje é o dia primeiro de maio
Trago flores dentro de um balaio
Para todos os trabalhadores,
Que sentiram as dores.

De um salário insuficiente,
De stress e pressão na mente!
Trago flores para um trabalhador,
Que trabalha com ardor e dor.

Para não perder o seu emprego,
Que garante parte do seu sossego!
Atualmente querem impedir o seu sucesso
Querem votar uma ementa no congresso.

Para tirar os seus direitos,
Que são quase perfeitos!
Querem tirar o seu décimo terceiro
De um jeito muito traiçoeiro!

Querem tirar seu seguro desemprego
Que trará dor de cabeça e desapego!
Trago flores ao trabalhador
Neste dia cheio de furor!

Que este delicado amor perfeito,
Traga a sorte de uma esperança,
Que ele não deixe a política tirar o seu direito,
E que a justiça não fique só na lembrança!

Hoje é o dia primeiro de maio
Trago flores dentro de um balaio
Para todos os trabalhadores,
Que sentiram as dores.

O que é que se encontra no início? O jardim ou o jardineiro? É o jardineiro. Havendo um jardineiro, mais cedo ou mais tarde um jardim aparecerá. Mas, havendo um jardim sem jardineiro, mais cedo ou mais tarde ele desaparecerá. O que é um jardineiro? Uma pessoa cujo pensamento está cheio de jardins. O que faz um jardim são os pensamentos do jardineiro. O que faz um povo são os pensamentos daqueles que o compõem.

(Rubem Alves)