Linguagem de Krishna

A linguagem de Krishna elevava-se ao sublime quando falava da abnegação e do sacrifício:

“O homem de bem deve cair aos golpes dos maus como o sândalo que, ao ser abatido, perfuma o machado que o fere.”

Quando os sofistas pediam que explicasse a natureza de Deus, respondia-lhes:

“Só o infinito e o espaço podem compreender o infinito. Somente Deus pode compreender a Deus.”

Dizia ainda:

“Nada do que existe pode perecer, porque tudo está contido em Deus. Visto isso, não é alvitre sábio chorarem-se os vivos ou os mortos, pois nunca todos nós cessaremos de subsistir além da vida presente.”

(Srimad Bhagavatam)

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Krishna falava na sua missão e da sua própria natureza em termos sobre os quais convém meditar. Dirigindo-se aos seus discípulos, dizia:

Tanto eu como vós temos tido vários nascimentos. Os meus só de mim são conhecidos, porém vós nem mesmo os vossos conheceis. Posto que, por minha natureza, eu não esteja sujeito a nascer e a morrer, todas as vezes que no mundo declina a virtude, e que o vício e a injustiça a superam, torno-me então visível; assim me mostro, de idade em idade, para salvação do justo, para castigo do mau, e para restabelecimento da verdade.
Revelei-vos os grandes segredos. Não os digais senão àqueles que os podem compreender. Sois os meus eleitos: vedes o alvo, a multidão só descortina uma ponta do caminho.

Por essas palavras a doutrina secreta estava fundada. Apesar das alterações sucessivas que teve de suportar, ela ficará sendo a fonte da vida em que, na sombra e no silêncio, se inspiram todos os grandes pensadores da antiguidade.

A moral de Krishna também era muito pura:

Os males com que afligimos o próximo perseguem-nos, assim como a sombra segue o corpo. As obras inspiradas pelo amor dos nossos semelhantes são as que mais pesarão na balança celeste. Se convives com os bons, teus exemplos serão inúteis; não receeis habitar entre os maus para os reconduzir ao bem. O homem virtuoso é semelhante a uma árvore gigantesca, cuja sombra benéfica permite frescura e vida às plantas que a cercam.

(Srimad Bhagavatam)

O amor só é amor se for para toda a vida. E não tem como esperar a vida inteira para saber se é amor aquilo que une dois apaixonados. A gente descobre através de uma linguagem sem letras e invisível de sons. Felizmente, nós sabemos que nossa ligação é um castelo de amor verdadeiro porque descodificamos essa linguagem inconscientemente. Tenho em você todos as maravilhas do mundo. Você é fantástica, meu amor. Seremos sempre dois namorados apaixonados, porque nosso amor é para toda a vida!

Existe uma linguagem que não precisa ser desenhada nem escrita, falada ou interpretada de alguma forma. É a linguagem mais poderosa do planeta e a que mais mexe com o coração de quem aqui mora. Sim, estou me referindo ao abraço!

Mas existe coisa mais bela e graciosa? Há algum outro gesto que ofereça tanto carinho, amor e proteção? É claro que não. Com um abraço podemos falar tudo que as palavras não conseguem. Abraçar é viver o amor!

Encontro a linguagem do amor que transcende qualquer palavra através do seu beijo.

São os homens os produtores das suas representações, das suas ideias, etc.; mas os homens reais agentes, tais como são condicionados por um desenvolvimento determinado das suas forças produtivas e das relações que lhes correspondem. (...) A consciência não pode ser coisa diversa do ser consciente e o ser dos homens é o seu processo de vida real.
(...) Desde o início que pesa uma maldição sobre o espírito, a de estar manchado por uma matéria que se apresenta aqui sob a forma de camadas de ar agitadas, de sons, de linguagem em suma. A linguagem é tão velha quanto a consciência - a linguagem é a consciência real, prática, existente também para outros homens, existente também igualmente para mim mesmo pela primeira vez, e, tal como a consciência, a linguagem só aparece com a necessidade, a necessidade de comunicação com os outros homens. () A consciência é portanto, desde início, um produto social, e assim sucederá enquanto existirem homens em geral.

(Karl Marx)
(Citador)